sábado, 16 de outubro de 2010

Texto de Charles Chaplin

"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim."

O mundo hoje é Travesti De Arnaldo Jabour

"Sou uma besta, todos o sabem; mas, não chego a esse relincho lamentável do asno que o escreveu. Diz coisas como: "A mulher tem um cheirinho gostoso, elas sempre encontram um lugarzinho em nosso ombro." Uma bosta, atribuída a mim. Toda hora um idiota me copia e joga na rede. Por isso, vou falar um pouco de mulher, eu que mal as entendo na vida. Não falarei das coxas e seios e bumbuns... Falo de uma aura mais fluida que as percorre.

Gosto do olhar de onça, parado, quando queremos seduzi-las, mesmo sinceramente, pois elas sabem que a sinceridade é volúvel, não perdura. Um sorriso de descrédito lhes baila na boca quando lhe fazemos galanteios, mas acreditam assim mesmo, porque elas querem ser amadas, muito mais que desejadas. Elas estão sempre fora da vida social, mesmo quando estão dentro.

Podem ser as maiores executivas, mas seu corpo lateja sob o tailleur e lá dentro os órgãos estranham a estatística e o negócio. Elas querem ser vestidas pelo amor. O amor para elas é um lugar onde se sentem seguras, protegidas.

O termômetro das mulheres é: "Estou sendo amada ou não? Esse bocejo, seu rosto entediado... será que ele me ama ainda?" A mulher não acredita em nosso amor. Quando tem certeza dele, pára de nos amar. A mulher precisa do homem impalpável, impossível. As mulheres têm uma queda pelo canalha. O canalha é mais amado que o bonzinho. Ela sofre com o canalha, mas isso a justifica e engrandece, pois ela tem uma missão amorosa: quer que o homem a entenda, mas isso está fora de nosso alcance. A mulher pensa por metáforas.

O homem por metonímias. Entenderam? Claro que não. Digo melhor, a mulher compõe quadros mentais que se montam em um conjunto simbólico sem fim, como a arte. O homem quer princípio, meio e fim. Não estou falando da mulher sociológica, nem contemporânea, nem política. Falo de um sétimo órgão que todas têm, de um "ponto g" da alma.

Mulher não tem critério; pode amar a vida toda um vagabundo que não merece ou deixar de amar instantaneamente um sujeito devoto. Nada mais terrível que a mulher que cessa de te amar. Você vira um corpo sem órgãos, você vira também uma mulher abandonada.

Toda mulher é "Bovary"... e para serem amadas, instilam medo no coração do homem. Carinhosas, mas com perigo no ar. A carinhosa total entedia os machos... ficam claustrofóbicos. O homem só ama profundamente no ciúme. Só o corno conhece o verdadeiro amor. Mas, curioso, a mulher nunca é corna, mesmo abandonada, humilhada, não é corna. O homem corneado, carente, é feio de ver. A mulher enganada ganha ares de heroína, quase uma santidade. É uma fúria de Deus, é uma vingadora, é até suicida. Mas nunca corna. O homem corno é um palhaço. Ninguém tem pena do corno. O ridículo do corno é que ele achava que a possuía. A mulher sabe que não tem nada, ela sabe que é um processo de manutenção permanente. O homem só vira homem quando é corneado.

A mulher não vira nada nunca. Nem nunca é corneada... pois está sempre se sentindo assim. Como no homossexualismo: a lésbica não é viado.

A mulher é poesia. O homem é prosa. Isso não quer dizer que a mulher seja do bem e o homem do mal. Não. Muita vez, seus abismos são venenosos, seu mistério nos mata. A mulher quer ser possuída, mas não só no sexo, tipo "me come todinha". Falam isso no motel, para nos animar. O homem é pornográfico; a mulher é amorosa. A pornografia é só para homens. A mulher quer ser possuída em sua abstração, em sua geografia mutante, a mulher quer ser descoberta pelo homem para ela se conhecer. Ela é uma paisagem que quer ser decifrada pelas mãos e bocas dos exploradores. Ela não sabe quem é. Mas elas também não querem ser opacas, obscuras. Querem descobrir a beleza que cabe a nós revelar-lhes. As mulheres não sabem o que querem; o homem acha que sabe.

O masculino é certo; o feminino é insolúvel. O homem é espiritual e a mulher é corporal. A mulher é metafísica; homem é engenharia. A mulher deseja o impossível; desejar o impossível é sua grande beleza. Ela vive buscando atingir a plenitude e essa luta contra o vazio justifica sua missão de entrega. Mesmo que essa "plenitude" seja um "living" bem decorado ou o perfeito funcionamento do lar. O amor exige coragem. E o homem... é mais covarde. O homem, quando conquista, acha que não tem mais de se esforçar e aí , dança...

A mulher é muito mais exilada das certezas da vida que o homem. Ela é mais profunda que nós. Ela vive mais desamparada e, no entanto, mais segura. A vida e a morte saem de seu ventre. Ela faz parte do grande mistério que nós vemos de fora, com o pauzinho inerme. Ela tem algo de essencial, tem algo a ver com as galáxias. Nós somos um apêndice.

Hoje em dia, as mulheres foram expulsas de seus ninhos de procriação, de sua sexualidade passiva, expectante e jogadas na obrigação do sexo ativo e masculino. A supergostosa é homem. É um travesti ao contrário. Alguns dizem que os homens erigiram seus poderes e instituições apenas para contrariar os poderes originais bem superiores da mulher.

As mulheres sofrem mais com o mal do mundo. Carregam o fardo da dor histórica e social, por serem mais sensíveis e mais fracas. Os homens, por serem fálicos, escamoteiam a depressão e a consciência da morte com obsessões bélicas, financeiras ou políticas. As mulheres agüentam firmes a dor incompreendida. O mundo está tão indeterminado que está ficando feminino, como uma mulher perdida: nunca está onde pensa estar. O mundo determinista se fracionou globalmente, como a mulher. Mas não é o mundo delicado, romântico e fértil da mulher; é um mundo feminino comandado por homens boçais. Talvez seja melhor dizer um mundo travesti. O mundo hoje é travesti."

Medo do Amor

"O medo do Amor


Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê. 

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade. 

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro. 

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos. 

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo."

Amizade


Há quem diga que garotas, quando são amigas, ficam insuportáveis, porque concordam sempre uma com a outra e não se desgrudam.Há quem diga que as garotas brigam, discutem, se desentendem, mas nunca deixam de ser amigas. Tem amiga que passa com você o momento mais difícil da sua vida e o mais feliz também. Aquela que liga todo dia.Aquela que abraçou em silêncio e sentiu você chorar.Aquela que ouve quando você está apaixonada e passa horas falando do mesmo assunto.Tem também aquela que apóia as suas loucuras. Aquela que defende você de tudo e de todos.E aquela que é uma irmã pra você.E tem também a melhor amiga, aquela, que é simplesmente aquela!!!

Garotos e Garotas

Garotos e garotas,
Dois mundos distantes que juntos se tornam um só
Pensamentos tão diferentes...
E ao mesmo tempo tão iguais...

Garotos não têm paciência
Se jogam sem pensar nas conseqüências
Garotas esperam,
Com medo de cair...

Garotos têm olhos e mãos
Garotas têm coração,
Garotos gritam, garotas choram
Garotos se apaixonam,
Garotas amam

Garotos são príncipes para elas
Garotas são fantasias para eles
Mas em nenhum dos mundos existe conto de fadas
Porém há uma magia...
Um feitiço poderoso que de alguma maneira faz com que amor e paixão caibam juntos em um só coração.

Chato viver sem virgulas

É cansativo viver sem vírgulas porque eu respiro a sua existência 24 horas por dia, e só coloco vírgulas teatrais para você não enjoar de mim.
Te amar não é fácil, é quase o anti-amor. É muito quase como se você nem existisse, porque só o homem perfeito mereceria tanto sentimento. E eu te anulo o tempo todo dizendo para mim, repetindo para mim, o quanto você falha, o quanto você fraqueja, o quanto você se engana.
E fazendo isso, eu só consigo te amar mais ainda. Porque você enterrou meu sonho aprisionado pela perfeição e me libertou para vivê-lo.
E a gente vai por aí, se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado.

Apaixonada

Ele é cheio de garotas e pela primeira vez na vida sorri ao pensar isso. Tá certo ele. Bonitão, rico, engraçado e safado. Que mulher não se apaixona por ele?
Eu. Eu não me apaixono mais por ele. O que significa que agora podemos nos relacionar. O que significa que agora, posso ficar tranquilamente ao lado dele sem odiar meu cabelo e minha bunda e minha loucura. E posso vê-lo literalmente duas vezes ao ano, sem achar que duas vezes na semana são duas vezes ao ano. E posso vê-lo ir embora, sem me desmanchar ou querer abraçar meu porteiro e chorar. Consigo até dar tchauzinho do portão. Tchau, vou comer um pedaço de torta de nozes e assoviar. Tchau, querido mais um ser humano do planeta.


Creditos a minha amiga Amanda Borsoi



"Estamos com fome de amor

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros 
e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam 
sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que 
estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. 
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os 
novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era 
resolvido fácil, alguém duvída? 
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber 
carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de 
um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que 
vão "apenas" dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa 
marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a 
carreira, a produção. 
Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como 
voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão 
distante de nós. 
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de 
relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: 
"Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada 
"Nasci pra ser sozinho!" Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em 
meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos,plásticos, quase 
etéreos e inacessíveis. 
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a 
cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão 
infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que 
verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa 
verdade de cara limpa. 
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, 
démodé, brega. 
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer 
ridículos, abobalhados, e daí? 
Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e 
falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo 
pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou 
muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca 
mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à 
dois. 
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que 
se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, 
pra quê pensar nele ? Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o 
dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser 
estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é 'out", 
que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me 
aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou 
outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu 
não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo 
resto da vida". 



O que fizemos com os sentimentos?


Nossa geração está cheia de tecnologia, coisas que faz com que perdemos o foco de algo mais sério e mais importante que isso. Perdemos a noção de coisas boas e coisas ruins, perdemos os conceitos de certo e errado, perdemos a vontade de lutar pelos nossos interesses. Os valores foram perdidos, até a sexualidade hoje é uma coisa fútil, tratamos o sexo como apenas algo de fazer e o verdadeiro sentido dele foi perdido. A diversão não é mais a mesma coisa, as pessoas para ter diversão precisam de algo que deveria ser apenas feito por amor e com amor. Perdemos uma das coisas mais importantes vida, o sentimento. Afinal baladas, have’s, festas sem leis, e muitas outras coisas fazem com que pessoas que nem conhecemos nem sabemos de onde veio, torne um ficante, alguém com que iremos nos divertir e depois jogar fora como se fosse um produto. Não estou dizendo que estas coisas devem ser tratadas como tabu, ou coisa de outro mundo, não claro que não, estou dizendo apenas que as pessoas têm que se conscientizar que o sexo, não é aquilo tratado e mostrado na TV uma coisa fútil usada apenas para curtição. O sexo e o sentimento são muito mais do que o que mostra e o sentimento é a um dos maiores valores do ser humano. Perdemos o prazer em apenas dormir juntinhos, perdemos o prazer em apenas sentir o cheiro da pessoa e já delirar, ou em andar de mãos dadas como de o mundo não tivesse importância Falar e fazer coisas que a sociedade de hoje perdeu, como sentar em um banco de uma praça e conversar, tomar um sorvete e quem sabe conquistá-la e ter algo sério? Mas não a sociedade de hoje cada vez mais perdeu o romantismo. Então eu acho sinceramente que está na hora das coisas mudarem e passar a dar mais valor às coisas simples da vida. E quem faz isso vai acabar sendo chamado de idiota, romântico de mais, mais eu prefiro ser uma idiota, a viver infeliz!